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para catar-se: Dezembro 2011
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Sábado, 10 de dezembro de 2011. 8220;Mas é certo que te quero. Como é vermelha esta maçã, querida.”. Ele, que sabia de tantas coisas. Como o fato de ela gostar tanto do outono pela abundância do amarelo. Para ela, essa era a verdadeira cor das árvores. Enquanto caminhavam, coletava com cuidado e sofreguidão o amarelo nas calçadas para conservá-lo entre páginas. Ele, divertido, sorria do gesto. Disso, ele não sabia. Texto publicado na edição de 5º aniversário da revista Cachoeiro Cult. Foto por Kami McKeon.
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para catar-se: Novembro 2009
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Quarta-feira, 4 de novembro de 2009. Milena. Mas dentro de mim tem Maria e Helena. E eu estou dentro de outras vidas e outros nomes: venho depois de Ana, antes de Regina. Daí vivo compondo, compositora que sou. E outros me compõem - sou composta. Visualizar meu perfil completo. Amigos, para adquirir o livro, contatem-me pelo e-mail: mizunda@hotmail.com. Para quê a gente escreve, se não é para juntar nossos pedacinhos? Eu, eu mesma e Iracema. Monica (cara de uma). Bruna (narizinho da outra).
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para catar-se: Fevereiro 2015
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Sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015. Tinha a época de a árvore florescer. Mas essa época vinha sempre ao acaso, nunca era ansiada feito o tempo das mangas. Certo dia olhávamos pro morro, lá estava a árvore apinhada daquelas flores. “Ah”, dizíamos, desinteressados. E íamos cuidar da vida. A árvore se esvaindo naquela abundância à beira de nossas brincadeiras de rua, por anos. Pouco ligávamos. Foto: ilustração botânica em Curtis's Botanical Magazine (1846). Visualizar meu perfil completo.
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Pensamento Insolúvel
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Sexta-feira, 5 de junho de 2009. Sair deste controle chato que eu ligo de vez em quando. Aliás, como é que se desliga essa coisa mesmo? Esquece (não por completo, claro) a velha; bem-vinda a nova :). 5 de junho de 2009 14:37. Eis que você se depara com a vida verdadeiramente viva. Somos seres de uma coisa só, e justamente por isso, somos tudo ao mesmo tempo, e mesmo assim precisamos nos dedicar a uma coisa de cada vez, por tanto e para tanto devemos apenas olhar para o que nos importa!
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Pensamento Insolúvel
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Domingo, 24 de maio de 2009. O HOMEM QUE COMIA FOTOS - Parte 7: A LÍNGUA. 8220;Cuidado Carlos”. Gritou a mulher que sempre gritava. Sandra correu para buscar ajuda. “Quem eram aqueles homens meu Deus? 8221; – pensava a mulher enquanto corria. “O que vão fazer com ele meu Deus? 8221; – “Meu Deus! 8220;Me larga” – implorava Carlos, enquanto se debatia. “Não adianta amigo, guarda tua energia, vais precisar dela” – disse Negão. “Tá aqui Joana, serve esse? 8221; – “Onde está o Carlos? 8220;Eu tenho oitenta e ...
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Pensamento Insolúvel: Dezembro 2008
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Domingo, 14 de dezembro de 2008. O HOMEM QUE COMIA FOTOS – PARTE 3:. Abriu e fechou, na mesma velocidade do piscar dos olhos de Hélio. Era o ensopado de todos os dias. Hélio era rápido, já havia se acostumado com os ratos-ladrões. “Comeu tudo mudinho? 8221; Perguntou Joana – a cafetina. “Ah que distração a minha, és surdo! O menino sentiu tanto medo, que não hesitou em pular a única janela aberta. “Vagabunda! Vou ter que te matar seu infeliz! 8221;, dizia e repetia a mulher, “estou te ajudando pirr...
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Pensamento Insolúvel
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Sexta-feira, 22 de maio de 2009. O HOMEM QUE COMIA FOTOS - Parte 6: A MORTE. De muitos anos, Hélio chorou. Depois de muitos anos, Hélio quis morrer. “Por que? 8221; – pensava. Hélio se lembrou dos pais. Lembrou do Natal. Lembrou do bordel. "Por que? Hélio se lembrou do relógio-cuco, cor cereja. Hélio lembrou que não podia ouvir. Lembrou que era surdo. Hélio lembrou que sofria. "Por que? 8220;Quem é você? 8221; – dizia Sandra. “Por que estou aqui? O que fizeram com ela? 8221; – Insistia em perguntar...
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para catar-se: Março 2013
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Domingo, 17 de março de 2013. A coisa é que um dia vão te afastando deles. Te ensinam a olhar pra frente, pra muito lá adiante. Te ensinam sobre germes e bons modos. Te ensinam sobre a pressa. Veja que eu nunca aprendi muito bem. Nem eu, nem Manel, nem tantas gentes mais, deslumbradas, admirando caracóis. Que bom. Continuo colecionando meus chãos, e em boa companhia. Visualizar meu perfil completo. Amigos, para adquirir o livro, contatem-me pelo e-mail: mizunda@hotmail.com. Eu, eu mesma e Iracema.
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para catar-se: Dezembro 2012
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Sábado, 15 de dezembro de 2012. De Pães e Nenhuma Letra. O que quero dizer é que não quero escrever. Ando exacerbadamente sensorial, as palavras me esgotam, a linguística, a literatura. Me esgota o idioma estrangeiro, estoy agotada, je suis fatiguée. Me esgotam os pós-estruturalistas, eu quero respirar fora do texto um pouco. Assim: fazendo pães. Já fizeram pães vocês alguma vez, senhores? Texto publicado na Cachoeiro Cult de dezembro/2012. Visualizar meu perfil completo. De Pães e Nenhuma Letra.
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para catar-se: Agosto 2010
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Segunda-feira, 2 de agosto de 2010. Breve descrição para uma nova anatomia da ausência. Mais que de carne, osso, veias, unhas, sexo. Sou feita de ausência. Ausência pontuda, calcária. Minha extensão toda negros espinhos rompendo a pele. Vindos dos debaixos da alma. Não há calma, sempre taquicardia. Nunca é dia, ninguém se aproxima. Do breu, da noite que me tornei. Me arrasto no movimento quase intangível de mil perninhas. Sobre o chão liso demais das faltas mais fundas. Diante de meus olhos insones.